Cashback disponível: Acesse para ver
Uma nova terapia complementar de tratamento de saúde está melhorando a vida de muitas crianças portadoras de necessidades especiais ou com doenças graves da região de Manaus, no Amazonas.
Desenvolvida em 2005 pelo fisioterapeuta mineiro - e apaixonado por golfinhos, Igor Simões, a técnica da bototerapia é uma técnica de terapia assistida por animais no caso pelo boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), inspirando-se em outras terapias realizadas com animais, especificamente a delfinoterapia que envolve golfinho de água salgada.
A técnica desenvolvida por Igor é associada ao contato e interação pacífica com golfinhos amazônicos livres e amigáveis na natureza, aproveitando esse momento, ainda, para transmitir ensinamentos de educação ambiental, como as características e cotidiano dos botos.
Essa atividade foi desenvolvida no Amazonas e é aplicada em um flutuante localizado no Lago do Pato, Zona Rural de Iranduba.
Atraídos pela brincadeira com bolas e alimentos, os botos-vermelhos chegam ao flutuante, cedido pelo INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, através da Dra. Vera Silva, que apoia o projeto desde o início.
O fisioterapeuta explica ainda que os animais possuem uma região, conhecida como “melão”, com uma lente acústica por onde as ondas ultra-sonoras são emitidas. Essas ondas refletem sobre os corpos sólidos e retornam como eco, informando o boto sobre a distância, forma, consistência e outras características dos objetos, em águas negras ou barrentas, com reduzida ou até nenhuma visibilidade.
A bototerapia tem seus fundamentos nos princípios físicos da água (empuxo, pressão hidrostática, flutuação, entre outros) somado ao contexto lúdico que traz a presença do boto para o tratamento de patologias como autismo, síndrome de Down e paralisia cerebral.
“O princípio de cura é o contato com a alegria, o contato com o animal, o estabelecimento de um forte vínculo com a natureza. Isso naturalmente ajudará essas crianças.” conta Igor
Como parte do tratamento, Igor que além de fisioterapeuta é especialista em Rolfing (técnica manual terapêutica), realiza antes do contato com os animais uma sessão da massagem.
Segundo o fisioterapeuta, o toque estimula os tecidos do corpo para receber as ondas ultra-sonoras que são passadas por meio do contato com os animais.
“Os movimentos do corpo do boto, que é golfinho mais flexível que existe, ajuda no trabalho de fisioterapia com crianças com restrições de movimentos. Além disso, todos apresentaram melhora significativa na auto-estima, no humor, na imunidade, na alegria, na psicomotricidade, na estimulação e na integração sensorial que gera neuroplasticidade”, conta.
É importante informar que a bototerapia não visa substituir tratamentos tradicionais, necessários para crianças paraplégicas, hemofílicas ou com outros problemas.
"Nós queremos ajudar a criança, complementar. A terapia pode, por exemplo, ajudar uma criança a ter mais contato com as pessoas, ter mais movimento e equilíbrio, melhorar a respiração. Por exemplo, uma criança autista consegue ter um pouco mais de atenção depois da atividade. As crianças deprimidas, como é o caso das crianças com leucemia, perdem apetite, abandonam a escola e perdem um pouco de entusiasmo. A bototerapia proporciona um momento lúdico, uma terapia complementar para ajudar a tirar essas crianças de dentro do consultório. O objetivo é trazê-las para um lugar agradável e ter esse momento de vivacidade com um animal que é da Amazônia”, afirma o fisioterapeuta.
A bototerapia segue os mesmos princípios da Fisioterapia Assistida por Golfinhos realizada em outros países, com adaptações e inovações pelo fato dos botos vermelhos (Innia Geoffrensis) se encontrarem em seu habitat natural, livres na natureza.
Durante o pacote de 4 dias e 3 noites são realizadas 6 sessões de interação com os botos e Rolfing (2 sessões no pacote de 2 dias e 1 noite), técnica manual terapêutica que prepara os tecidos do corpo melhorando a troca do organismo com o meio ambiente, potencializando os efeitos do contato com os botos e melhorando a estimulação global oriunda do ultra som dos animais.
Segue respeitando a escala: anamenese do paciente, sessão de Rolfing e Fisioterapia, palestra educativa, aproximação, primeiros contatos, aceitação, adaptação e aprofundamento das interações que varia de caso a caso.
São utilizados recursos terapêuticos adaptáveis a cada pessoa, e a interação é realizada de maneira a respeitar o ritmo de todos os seres envolvidos, terapeuta-paciente-animais, e o atendimento se expandirá naturalmente.
A interação com os botos dura aproximadamente 30 min. por criança, mais o tempo da sessão de fisioterapia que pode ser realizada no centro de interação ou na sede do hotel, variando conforme o estágio e afinidade do paciente e seu grau de limitação, sendo obrigatório uso de salva vidas, monitoramento do responsável e de acordo com as respostas do paciente.
A terapia faz parte do Projeto Anahata, que busca a integração à natureza e o desenvolvimento humano, desenvolvido também pelo fisioterapeuta Igor Simões.
A proposta é realizar cinco sessões de interação com os golfinhos associada à técnica Rolfing e fisioterapia manipulativa antes, durante e depois da interação.
As sessões são iniciadas com uma palestra, depois é feita uma aproximação, um contato, a aceitação e, por último, um aprofundamento. Todo o tratamento (cinco sessões de rolfing + interação lúdica com os botos vermelhos) dura entre dois a três meses, em média, por criança.
A equipe que realiza o projeto é composta de cinco profissionais: além do fisioterapeuta Igor, uma bióloga e professora de Ioga, uma psicóloga, um educador físico e mais um fisioterapeuta. Os três últimos são voluntários.
Além de crianças portadoras de deficiências, a bototerapia é estendida a pessoas que sofrem de estresse, depressão, ou àquelas que tenham afinidade com os animais e que não queiram apenas alimentá-los e sim interagir com eles.
O trabalho é de graça para as crianças das instituições filantrópicas, mas para as outras pessoas interessadas, o valor do tratamento é combinado com o fisioterapeuta e doado ao Instituto Anahata, do qual faz parte a bototerapia.
O fisioterapeuta também desenvolve, em parceria com o IBAMA, um projeto de capacitação de monitores para trabalho de conservação do boto vermelho.
Igor Simões Andrade iniciou seus estudos com golfinhos em 1998 na UFMG onde cursou Medicina Veterinária até o sétimo período (não concluído) e com a mudança para o Amazonas se graduou em Fisioterapia e se especializou em Terapias Manuais, tendo como eixo principal de seu trabalho o ROLFING, técnica de reabilitação e prevenção mundialmente reconhecida, onde se especializou em Biomecânica, Escolioses, Hérnia de disco e outras disfunções.
Trabalha e treina estes animais desde 2005 e vem desenvolvendo pesquisas científicas nesta área em parcerias com órgãos do Governo do Amazonas, instituições filantrópicas, creches, etc. É o único profissional da área da saúde do estado do Amazonas com habilidades em interação com os botos vermelhos.
O fisioterapeuta realiza todos os sábados, às 08h, na Praça da Paz do Parque do Mindu, aulas de yoga gratuitas para a população manauara. Ele conta que a motivação de oferecer as aulas surgiu a partir das dificuldades de arcar com custos da bototerapia.
“Somos um grupo colaborativo e aberto com intuito de espalhar conhecimento do estilo de vida yoga na cidade de Manaus. As práticas são gratuitas, contudo, recolhemos uma contribuição consciente para projetos de caridade, completamente voluntária”, diz.
Igor também recebe em nossa linda Floresta Amazônica, grupos para prática de meditação e Yoga!
A Gili frente a todo esse trabalho lindo, único e especial, tem muito orgulho em fazer parte da fabricação e lançamento do Mat Boto da Amazônia, criado em comemoração e celebração desta atividade maravilhosa, realizada na nossa mais única e impressionante Floresta Amazônica!
E você pode apoiar esse projeto e ajudar a manter os laços que ligam o boto cor de rosa e o sorriso dessas crianças.
Participe também dessa corrente!