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Se você está com dificuldade para realizar seu sádhana em casa na presença dos filhos, que tal convidá-los para fazer parte desse universo?
Para muitos praticantes, yoga é sinônimo de silêncio interior, de um momento de pura introspecção, em que toda e qualquer interrupção deve ser evitada. No entanto, quando se tem crianças em casa, a teoria nem sempre funciona...
Neste caso, há dois caminhos, pelo menos: interromper o ritmo dos sádhanas (porque, afinal, é “impossível” fazer yoga ouvindo a barulheira dos pequenos pela casa) ou tentar integrá-las à prática, no intuito de manter a nutrição tão fundamental que vem dessa sabedoria milenar.
Qual escolher? Vamos lá: no primeiro caso, perdem todos da família. Mais do que nunca, este momento de pandemia exige de nós mais equilíbrio emocional, autocuidado, serenidade e resiliência. Tudo isso são qualidades que conquistamos com a prática de yoga ao longo do tempo.
Deixar esses benefícios de lado pode arruinar anos de sádhana e comprometer nossa capacidade de lidar com tantos desafios que estão à nossa frente. Sem falar que as crianças sentirão os impactos dessa escolha na vida cotidiana, percebendo mães e pais mais estressados, agitados e ansiosos.
Assim, por que não pensar em uma maneira de garantir a prática de yoga, ainda que todas as modificações necessárias à inclusão das crianças? Por que não apostar no yoga como uma prática feita em família?
Já existem pesquisas científicas indicando que as crianças estão sofrendo muito com a quarentena e tudo que veio junto com ela. A escola, que antes era um local de encontro, agora passou a ser um martírio para muitos pequenos, que se veem esgotados diante das muitas horas de aulas online.
Além das aulas virtuais, as crianças têm passado outras muitas horas à frente de telas: do celular, da tv, do tablet... Você já parou para pensar que elas também precisam de atividades que possam promover a saúde física e mental delas?
Deixe um pouco de lado algumas convicções e hábitos e abra-se para algo realmente diferente. Sua prática de yoga terá de ser modificada, ao menos em parte. Mas isso não quer dizer que vai ficar ruim.
As crianças adoram novidades e vivem naturalmente o momento presente. Ao mesmo tempo, elas podem estar mais ansiosas, dispersas, entediadas. Seja como for, vale a pena experimentar!
Na internet, há inúmeras dicas de aulas de yoga para crianças. Alguns ásanas podem “mudar de nome”, para ganhar outro mais “interessante” para elas. Assim, pode não fazer muito sentido falar em vriksasana com os pequenos, mas dizer “postura da árvore” soa até como uma brincadeira de imitar a natureza.
Também o convite para a prática pode ser mais leve, sem muita pretensão de uma aula de “conteúdo”, mas simplesmente de alguns momentos em que vocês colocarão o corpo (e a mente) para trabalhar um pouco, seguindo princípios e ensinamentos ancestrais do yoga.
Dependendo do caso, será necessário afastar móveis, tirar a bagunça da sala ou coisas do tipo. Depois, cada um pega o seu mat e, juntos, vocês criam o espaço para o sádhana.
É importante atentar para a reação das crianças. Algumas podem achar os mantras engraçados e se distrair demais com eles. Outras podem gostar mais de sons da natureza (passarinhos cantando, água de rio, ondas do mar etc.).
Não adianta preparar uma aula de yoga e querer segui-la à risca. Quando se trata de crianças, é preciso ter jogo de cintura, flexibilidade. Procure ligar suas “antenas” para perceber como elas estão naquele momento, se precisam de algo mais introspectivo, como uma breve prática de meditação ou se estão mais dispostas a ásanas desafiadores, por exemplo.
Se você já pratica yoga há algum tempo e sente-se segura para conduzir a prática, procure sentir-se livre também para improvisar, inserindo movimentos que podem não ser específicos do yoga, mas que podem ajudar a conquistar a atenção das crianças.
Vale incluir bichos de pelúcia no mat para participar dos ásanas ou dar nomes engraçados às posturas.
No começo, pode ser que você fique tão preocupada em manter a participação das crianças que até se perca um pouco de você mesma. Mas, aos poucos, você pode, sim, prestar atenção na sua respiração, nos pontos tensionados do seu corpo, nos seus pensamentos e tudo mais.
O ideal é que a prática de yoga com crianças seja realmente positiva para todos.
Sabemos que a meditação traz inúmeros benefícios e, acredite, ela também faz bem às crianças. Pensando nisso, você pode ensinar alguns pranayamas a elas, como uma forma de aprender a prestar atenção à própria respiração.
Se houver um quintal ou espaço ao ar livre, pode ser interessante usá-lo como ambiente de prática do yoga. O simples fechar os olhos e ouvir os sons ao redor ajuda a conduzir as crianças a um estado de contemplação que é muito próximo de um estado meditativo.
Yoga não é sobre desempenho, é sobre união. E, neste caso, estamos falando também de união entre pessoas da família, entre vínculos afetivos. Por isso, não faz sentido cobrar delas nenhum tipo de perfeição na execução dos ásanas ou na capacidade de “entrar no clima” que você projetou para aquele momento.
Deixe fluir sem muitas expectativas e, quem sabe, você poderá se surpreender com os resultados.
Você pode até achar meio clichê essa frase acima, mas que tem um fundo de verdade, tem sim. É claro que é mais desafiador praticar yoga na companhia das crianças, mas é aquela história: meditar no silêncio absoluto do mosteiro é mais fácil do que no apartamento barulhento no centro da metrópole.
Lembre-se: você é seu próprio templo. Se sua proposta com o yoga é realmente profunda, confie nessa oportunidade e desafie-se. Quem sabe os pequenos podem auxiliar você a descobrir maneiras de driblar os problemas e criar saídas inteligentes até para aquelas situações que parecem tão intransponíveis...
Namastê!
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