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A religião para grande parte das pessoas serve como um ponto de apoio para nortearem suas vidas. Na religião cristã, por exemplo, o ponto de apoio é Deus, considerado Uno em três: Pai, Filho (Jesus) e Espírito Santo. Já para os budistas, o ponto de apoio é encontrado nas chamadas Três Joias. Leia este artigo para saber o que são e o que representam.
As Três Joias, também conhecidas como Três Tesouros, Três Refúgios, ou Tríplice Joia, fazem parte da tradição budista, sendo o conjunto dos ensinamentos do Buda, em que Buda representa o Desperto, o Dharma representa a Lei ou a Doutrina e a Sangha representa a Comunidade dos Discípulos/seguidores.
Com base nisso, acredita-se que por meio delas que é possível encontrar a salvação e orientação, num processo conhecido como tomar refúgio. “Refugiar-se” quer dizer aceitar publicamente o Buda como mestre, o
Darma como seus ensinamentos e a Sangha como sua comunidade religiosa.
É se apoiando nessas Três Jóias que os budistas alcançam a energia e disposição para mudar o que pode ser modificado, conseguindo coragem e serenidade para aceitar o que não pode ser alterado, e obter o discernimento para distinguir uma coisa da outra.
Fazendo uma metáfora, podemos considerar que o Buda é o médico, o Darma é o remédio e a Sanga é o corpo de enfermeiros. Esses três elementos são necessários para que os seres possa alcançar a libertação no mundo além da matéria. Vamos à cada um deles:
“Buddha” em sânscrito significa “iluminado”, alguém cuja iluminação abrange todas as verdades do universo.
Existem incontáveis Budas residindo em inumeráveis mundos búdicos por todo o universo. O Buda do nosso mundo é o Buda Shakyamuni – é a ele que nos referimos quando dizemos “o” Buda. É a pessoa histórica que viveu há 2600 anos e que tomou plena consciência do significado da vida e do caminho que liberta o ser humano do sofrimento. Ele é o sétimo Buda deste mundo.
O Buda, por meio de seus ensinamentos, é capaz de ajudar na iluminação dos seres e despertar a natureza, mostrando o caminho do amor e do entendimento.
Tomar refúgio no Buda significa reconhecer a semente da iluminação que está dentro de nós, abrindo a possibilidade de libertação. Também incorporar qualidades como destemor, amor e compaixão.
“Dharma” ou “Darma” em sânscrito possui vários significados. No nível mais elementar, está relacionado à doutrina pregada pelo Buda, que fundamenta e rege toda a existência e que, quando compreendida e assimilada, liberta o homem do sofrimento lhe proporcionando a mais profunda paz de espírito.
É o Dharma que nos esclarece sobre a existência da doença, da morte, da ignorância, da cólera e do egoísmo, que são as causas do sofrimento, bem como sobre a possibilidade de supera-las.
Ele é responsável por iluminar a nossa existência, dissipando as trevas da ignorância, nos fazendo tomar consciência de nosso egoísmo e de nossas limitações, nos conduzindo à salvação.
O Dharma representa todos os elementos no nosso mundo e da nossa consciência que nos guiam no caminho da liberação, da verdade e da iluminação. Ele está contido em cada canto do universo. Por exemplo: Uma nuvem flutuando está silenciosamente pregando sobre liberação. Uma folha caindo nos mostra a prática de "deixar ir". Cada vez que respiramos profundamente, estamos despertando a plena consciência.
Tomar refúgio no Dharma significa se abrigar no modo como as coisas são. É reconhecer nossa submissão à verdade, permitindo que o Dharma se desdobre dentro de nós.
“Sangha” ou “Sanga”em sânscrito e significa “comunidade harmônica” e representa a comunidade formada pelos fiéis discípulos do Buda. Esses vivem no seio da sociedade maior, em harmonia e fraternidade, respeitando a vida, em todas suas manifestações, sempre assíduos em ouvir o Dharma e sempre prontos para transmitir sua fé aos demais.
Na Sangha podemos compartilhar alegrias e dificuldades. Dar e receber suporte da comunidade, ajudando uns aos outros em direção à iluminação e à liberdade. Ela é a legítima sociedade fraterna formada pelos que trilham o Caminho da Sabedoria e Compaixão ensinado pelo Buda Desperto.
Ao tomarmos refúgio na Sangha, nos juntamos à corrente da vida, fluindo e nos tornando Unos com todos os nossos irmãos e irmãs na prática.
“Tomar refúgio no Buda significa reconhecer a semente da iluminação que está dentro de nós mesmos, a possibilidade de libertação. Também significa tomar refúgio naquelas qualidades que o Buda corporifica; qualidades como destemor, amor e compaixão.
Tomar refúgio no Dharma significa se abrigar na lei, no modo como as coisas são. É reconhecer nossa submissão à verdade, permitindo que o Dharma se desdobre dentro de nós.
Tomar refúgio na Sangha significa aceitar o suporte da comunidade, de todos nós ajudando uns aos outros em direção à iluminação e à liberdade.” – Joseph Goldstein, em “The Experience of Insight”. Tricycle’s Daily Dharma, 2 de junho de 2007.
De modo geral, tomar refúgio significa afastar-se publicamente dos valores e costumes do mundo material e buscar refúgio no Buda, no Dharma e na Sangha, ou seja, se dirigir para o que é mais bonito, verdadeiro, pleno e bom, e também ter a consciência, a capacidade de entendimento e do amor.
Ao nos refugiarmos nas Três Joias, tornamo-nos discípulos de Buda. A cerimônia do refúgio é extremamente importante, porque marca o início de nosso compromisso com o Buda, o Dharma e a Sangha. Mesmo que respeite o budismo e frequente os templos budistas, o indivíduo que não se refugiar nas Três Joias pode se considerar apenas um simpatizante do budismo, mas não um verdadeiro budista.
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