A Origem do Eneagrama

A Origem do Eneagrama 

 

As origens exatas do símbolo do Eneagrama se perderam na História; não sabemos de onde ele vem, já que a origem do Eneagrama, enquanto sabedoria de transmissão oral não é documentada ou clara. 

Acredita-se que esta figura surgiu na Babilônia por volta do ano 2500 a.c., pois muitas das ideias abstratas relacionadas ao Eneagrama, para não falar em sua geometria e derivação matemática, sugerem que ele teve origem no pensamento grego clássico. As teorias a ele subjacentes podem ser encontradas nas ideias de Pitágoras, Platão e alguns dos filósofos neoplatônicos.  

Na cidade de Alexandria, onde muitos sábios foram chamados a reunir-se, o Eneagrama fortaleceu-se como estudo da consciência humana. 

A partir do Século IV, o símbolo do Eneagrama começa a ser utilizado para explicar o ser humano, os estados emocionais, por influência dos primeiros monges do cristianismo, como António de Alexandria, aquele que esteve na origem dos que ficaram conhecidos como padres do deserto. Um desses Padres do deserto, Evagrius Ponticus (345-399), teólogo grego, registrou pela primeira vez as suas ideias através da escrita. Ele destaca-se ao apresentar um símbolo idêntico ao atual símbolo do eneagrama e “oito pensamentos maus”, que dariam origem aos sete pecados mortais. Foi ele também que registrou informação sobre a dinâmica entre os tipos.  

Estes Padres do Deserto acabam por abandonar as Montanhas de onde hoje é o Afeganistão, deixando este conhecimento como herança aos sufis, ramo místico do islamismo, que assume na Jihad a “guerra santa contra o ego, no transe dos dervixes e na caligrafia simbólica e o Wajh Allah (Sinal da presença de Deus) baseado no mesmo diagrama mas abordando as paixões de um ponto de vista manifestamente diferente daquele. O Eneagrama foi preservada pelos Sufis, que se tornaram os guardiões desta antiga sabedoria. 

No mundo moderno, a presença do eneagrama se deve a Gurdjieff, filósofo armênio que ensinou filosofia do autoconhecimento profundo no começo do século passado. Gurdjieff deparou-se com o símbolo em uma de suas viagens e passou a utilizá-lo como um modelo de processos naturais. 

Alguns anos mais tarde, Oscar Ichazo, filósofo boliviano que, assim como Gurdjieff, era fascinado pela ideia de recuperar conhecimentos perdidos, pesquisou e sintetizou os vários elementos do eneagrama. No início da década de 60, Ichazo associou as nove pontas do símbolo aos nove tributos divinos que refletem a natureza humana, oriundos da tradição cristã. Nascia a relação entre o eneagrama e os tipos de personalidade. Ao longo dos anos seguintes, Ichazo estabeleceu a sequência adequada de emoções no símbolo, descrevendo processos e criando o primeiro mapa da psique humana para elevação do nível de consciência.