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Os Bandhas, Mudras e Kriyas são as técnicas mais características do conjunto de práticas do Hatha Yoga. No entanto, são pouco conhecidas e praticadas em seus objetivos mais fundamentais.
Neste artigo você vai saber mais sobre cada uma delas e seus benefícios. Confira!
A palavras bandhas significa “trava” ou “chave” e se refere à uma contração sustentada por um grupo de músculos que auxilia o praticante na manutenção da contração muscular ou da postura, o que mantem o corpo aquecido.
Atuam massageando glândulas e vísceras, estimulando o retorno venoso e estimulam plexos nervosos.
O nome tem relação com as regiões consideradas fechaduras internas do corpo. Uma delas, o Mula bandha, é o diafragma urogenital localizado na pélvis; o segundo, o Udiyana bandha, se localiza na área do abdome acima do umbigo; e o último, o Jalandhara se localiza na garganta.
Esses são usados para estabilizar, fortalecer, dinamizar e aumentar a quietude e a percepção corporal, além de serem grandes promotores da saúde e do bom funcionamento interno do organismo.
Também conhecido como bloqueio raíz, é acionado quando contraímos os músculos ao redor da área do ânus e períneo - o diafragma urogenital. Esta contração alinha a pélvis com a coluna vertebral, impedindo o relaxamento total da parte inferior do corpo durante os ásanas.
O ideal é que o mula bandha esteja contraído durante toda a prática, principalmente durante as expirações. Este bandha realiza uma força interna contra a gravidade mantendo os órgãos do baixo ventre suspensos.
Essa é uma contração da musculatura da parede abdominal inferior localizado acima do umbigo na base da coluna torácica. Este bandha é considerado o mais importante pois suporta nossos órgãos internos superiormente, ajuda à expandir a caixa torácica aprofundando a respiração e incentiva o desenvolvimento do núcleo da musculatura abdominal e costal.
Esta contração deve ser enfatizada na inspiração para ajudar a expandir o tórax.
Considerada uma trava da garganta, é realizada abaixando o queixo ligeiramente e direção ao peito, enquanto se ergue o palato, trazendo a olhar para a ponta do nariz. Esta contração é realizada somente em algumas posturas.
Os mudras (proncuncia-se mudraa) são gestos feitos com as mãos que tem o objetivo sintonizar o microcosmo de nosso corpo com as principais energias presentes no universo, beneficiando nosso potencial de saúde e de cura.
No yoga são usados em conjunto com pranayama (exercícios de respiração), geralmente sentado em posição de Padmasana, Sukhasana ou Vajrasana, para estimular diferentes partes do corpo envolvidos com a respiração e para afetar o fluxo de prana no corpo, canalizando um fluxo energético específico para determinada área do cérebro que, por sua vez, age por meio de reflexos nos órgãos sensoriais, tendões e veias das glândulas.
No mudra, os dedos estão relacionados com os cinco elementos. O dedo mínimo representa a água; o anelar, a terra; o médio, o espaço; o indicador, o ar; e o polegar, o fogo. As combinações dos dedos e a posição deles permitem uma grande variedade de opções de conexão com as energias primordiais do universo.
Existem vários tipos de mudras, e cada um deles traz benefícios diferentes, de acordo com as nossas necessidades.
Atua no sistema nervoso equilibrando os dois hemisférios cerebrais.
Una a ponta do polegar com a ponta do dedo indicador, fazendo um círculo, e estique os todos os outros dedos.
Atua no sistema muscular aumentando a flexibilidade e a hidratação dos músculos.
Una a ponta do polegar com a ponta do dedo mínimo e estique todos os outros dedos unidos.
Atua no sistema respiratório facilitando a expansão total e a utilização completa dos pulmões e de todo o sistema respiratório.
Junte a ponta do polegar com as pontas dos dedos mínimo e anelar e estique os dedos médio e indicador unidos.
Atua no sistema cardiovascular trazendo um sentimento de alegria e bem-estar e trabalhando na abertura do coração no nível emocional.
Junte as palmas das mãos unindo as pontas dos dedos e abra um espaço entre elas com as laterais dos dedos polegares e mínimos das duas mãos unidas.
Kriyas são um conjunto de processos purificatórios de regiões do corpo como sistema respiratório, tubo digestivo, estômago, olhos, cólon e cérebro, com o objetivo de eliminar resíduos e impurezas preparando-o para as demais técnicas do Hatha Yoga. Também são conhecidos como SHATKARMA - os seis processos de limpeza. Shat (seis), Karma (ação).
São elas:
Para realizar o Neti Kriya, é preciso adicionar uma colher de chá de sal em um copo de água morna e mexer bem. Depois, usando um ducha nasal, deve derramar a água em uma das narinas, mantendo a cabeça levemente inclinada para o lado oposto. É importante que respire pela boca durante o processo. A prática feita diariamente evita males respiratórios, de renite e sinusite.
O Nauli Kriya é um exercício feito através de uma sucção com os pulmões vazios que projeta o abdome para dentro e para cima das costelas criando uma pressão contra os órgãos. Limpar os intestinos significa diminuir o desgaste que a digestão gera. As compressões abdominais que o nauli produz favorecem a aceleração do movimento peristáltico. Com a prática, boa parte dos detritos que podem ficar depositados nos intestinos, são expulsos até o aparelho excretor.
Para fazer o Nauli Kriya primeiro é preciso fazer o Udhyana Bandha (sucção com os pulmões vazios que projeta o abdome para dentro e para cima das costelas criando uma pressão contra os órgãos). Em seguida é feito um movimento ondular com os músculos retos abdominais para massagear as vísceras.
Dhauti, em sânscrito, significa lavar, limpar, purificar, mas quando trata de kriya do Hatha Yoga, dhauti significa um conjunto de técnicas de lavagem e limpeza do corpo, em especifico das mucosas e órgãos internos.
A Hatha Yoga Pradipika expõe inicialmente o dhauti como a lavagem do trato digestivo. Na técnica, engole-se lentamente uma tira de pano umedecida, de quatro polegadas de largura e quinze palmos comprimento e se retira em seguida, seguindo as instruções do guru.
Durante o primeiro dia de execução engula somente poucos centímetros, retenha alguns segundos e retire muito vagarosamente para não irritar e nem ferir a garganta. Dia após dia de execução da técnica vá ampliando os centímetros e o tempo de permanência e sempre retirando muito lentamente.
Não é necessário executar todos os dias, podendo ser feito três em três dias ou de quinze em quinze dias, dependendo do caso. Sempre é sugerida a ingestão de leite após a execução deste dhauti. O leite atua como um lubrificante para a garganta.
A prática de Basti é destinada a limpar a parte inferior do abdômen, especialmente o cólon. Existem duas maneiras possíveis:
A prática é capaz de eliminar do corpo doenças que surgem pelo excesso de vento, bile e muco.
Para realiza-la em posição de utkatasana, com a água acima do umbigo, insira um tubo no ânus e o contraia. Ao realizar a prática, os sentidos e a mente são purificados.
O nome deste kriyá é kapalabhati, que significa “crânio brilhante”. Além da limpeza dos pulmões, a técnica oxigena o cérebro trazendo clareza para mente e produz um estado de euforia.
Ela consiste em inspirações lentas e profundas seguidas de expirações rápidas e vigorosas. Para isso, inspire lentamente pelas narinas relaxando o abdômen de maneira que o umbigo se projete para frente à medida que o ar entra nos pulmões.
Em seguida, expire de uma vez só, expulsando todo o ar pelas narinas, puxando o umbigo pra dentro. Depois já inicie a próxima inspiração lenta seguida da próxima expiração vigorosa, e assim sucessivamente. Comece fazendo um ciclo de 10 expirações.
A prática do Trataka nada mais é que fitar firmemente um ponto particular ou objeto sem piscar. Pode ser usado a chama de uma vela, por exempli, que deverá estar posicionada na mesma altura dos olhos. Olhe para a chama por um minuto. Depois, feche os olhos, relaxe os músculos dos olhos e visualize a chama entre as sobrancelhas também por um minuto.
Repita esta prática por 5 a 6 minutos. Gradualmente vá aumentando o tempo de permanência do olhar fixo, usando o mesmo tempo para relaxar os olhos. Este exercício fortalece os olhos, desenvolve a concentração e estimula os centros nervosos.
Todos os kriyas são benéficos principalmente quando praticamos jejum, pois acelera o processo de desintoxicação.
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